terça-feira, 17 de abril de 2018

Dia 05 - 05/01 - Passeio para Colonia Del Sacramento (Uruguai)

Em nossa última viagem, fomos para o Uruguai (Punta Del Este e Montevideo). Não deu tempo de conhecer Colonia Del Sacramento. Meus pais comentaram que era muito bacana conhecer essa cidade e minha amiga Thaís também comentou que era muito bacana e que tinha um barco que saía de Buenos Aires e ia pra lá no mesmo dia. Então quando planejei essa viagem já pensei em fazer essa viagem. 
Colonia del Sacramento foi fundada em 1680 por Portugal e era um importante centro comercial e militar. É a única cidade uruguaia colonizada por portugueses, por isso possui um estilo diferente de todas as outras. Passear pelo seu centro histórico é como fazer uma viagem ao passado, já que as ruas e casas foram preservadas para manter seu aspecto original
Comprei uma promoção no site da Buquebus Argentina que continha passagem ida e volta de barco + city tour de ônibus + passeio guiado no centro histórico a pé + almoço no restaurante Viejo Túnel. Então combinamos e compramos aqui no Brasil mesmo pelo site. Aí só imprimir os pedidos e levar.
O terminal Buquebus (que é a empresa do barco) fica no terminal Porto Madero. Então acordamos cedo, pegamos um ônibus na Corrientes que deixava a gente lá no terminal.
Logo no ônibus, uma sexta feira de manhã, pegamos um motorista mau humorado e apressado, nada diferente daqui. Mas que meio que empurrou o Fabio pra ir logo e passar a catraca. Aí o Fabio já ficou irritado logo cedo. O ponto final era em Porto Madero. Chegando lá no terminal da Buquebus, tinha uma fila gigante já pra fazer o check in. Como iríamos sair do país, tem todo o processo de alfândega como num aeroporto. Então é bom chegar bem antes de 1h de antecedência.


Na hora que a gente entra no barco é tudo muito confuso, não sei se é porque era férias, sei lá, mas fica uma muvuca e a gente não sabe se tem lugar certo ou não pra sentar. Entramos numa sala grandona e vimos que era meio que cada um pega seu lugar conforme vai chegando. Na nossa vez as janelas já estavam todas ocupadas, então ficamos no meio.





O dia amanheceu estranho mas estava quente. E como eu tinha passado um puta calor no dia anterior, resolvi sair bem fresquinha, de regata, shorts, etc. Mas foi só ir se afastando de Buenos Aires que o tempo começou a virar e começou a chover.









chegando em Colonia

A viagem durou umas 3hrs. Não escolhemos o barco mais rápido por motivos de $$$. Mas tem um mais rápido que faz a travessia em 1h. Eu achei bem confortável a viagem e a equipe da Buquebus bem atenciosa. Principalmente em nossa chegada a Colonia, os guias nos ajudam bastante. Quando chegamos no porto, pegamos o ônibus que nos levam até o centrinho onde iríamos almoçar. O restaurante Viejo Túnel é um lugar simples porém bem bacana. O atendimento é bom também (exceto no final do dia vocês verão). O menu incluso no passeio da Buquebus é limitado porém gostamos bastante. 



Depois do almoço corremos para o ponto de ônibus do city tour. A ideia seria dar a volta em Colonia de ônibus pra conhecer geral e depois fazer o walking tour no centro. O ruim foi que como nossa viagem foi longa, quando recebemos a programação dos tours, vimos que os horários não batiam e tínhamos que correr. Afinal às 18h teríamos que começar a voltar.
No caminho para o ponto do ônibus, como ainda não tava no horário, paramos numa lojinha de souvenirs para xeretar as coisinhas. E eu queria comprar uns imãs lindos de azulejo português. A vendedora, uma senhora, ficava dentro da casa e nem saía pra atender. Pedi pro Fabio perguntar quanto eram os imãs que estavam na porta. Ele perguntou e continuamos vendo. Então, ela vem pra porta e pergunta se iríamos levar algum. Falamos que sim mas estávamos escolhendo. Aí ela viu o celular do Fabio no bolso da frente da bermuda dele e achou que era um imã (olha as ideias) e que ele estava roubando. Ela falou naquela língua enrolada, algo assim: "E esse imã no seu bolso? Você vai levar?" Na hora eu entendi mas não estava acreditando que estava acontecendo. E o Fabio não entendia o que ela falava, pediu pra repetir umas 3x. Aí ele sacou e também não estava acreditando, e disse que era o celular dele (mostrou) e que ele não precisava roubar imãs. Aí ela disse que não era isso, que era porque se ele fosse levar ela ia embrulhar pois o azulejo era frágil e poderia quebrar no bolso... AHAMMMM. Nessa hora eu disse para irmos que o ônibus estava chegando. Mas ele ficou PUTO e sem acreditar.
Já começou a reclamar dizendo que sempre nos ferramos no Uruguai. Na outra viagem, como descrevi aqui no blog também, nos ferramos em Montevideo. Porque nada que ele queria ir e tinha programado estava aberto naquela semana de janeiro passado. Já estava xingando o país.
Chegou o ônibus, estava chovendo, e tentamos aproveitar e ver as coisas de dentro do ônibus mesmo.





 Plaza de Toros: era onde aconteciam touradas. Hoje a construção só pode ser apreciada por fora pois é perigoso entrar, a estrutura ainda está em ruínas. Parece um local abandonado.


Depois fomos para o centro histórico. Separamos vários museus que queríamos ir. Museu português, espanhol, do azulejo, etc. 
Quando chegamos lá, a gente não tava encontrando os museus, era 16h30. Quando vimos, não é que não achávamos, mas TODOS estavam FECHADOOOOS. Todos os museus da cidade fechavam entre 16h e 16h30. Como assim??? Imagina como ficamos. Principalmente o Fabio. Chuva + suspeita de roubo + museus fechados. Tava difícil, foi muito frustrante. Esperávamos que ficassem abertos até às 17h30...18h. Um cidade estritamente turística, onde os barcos chegavam umas 14h, como isso??? Uruguai né, parece um país de cidade do interior, fecha cedo e pronto.
O jeito foi aproveitar as construções antigas, ruelas e arquitetura. Foi o que deu pra fazer.


Portón de Campo






Calle de los Suspiros 





                                            Farol





Já estava quase na hora de encontrar o pessoal do ônibus para ir embora. Decidimos voltar para o local marcado e comprar algumas lembrancinhas. Paramos numa lojinha de uma senhora bem atenciosa e gentil. Comprei um azulejo para minha vó, um chaveiro para o meu pai, que fazia aniversário nessa data, um doce de leite para o meu irmão e uns bombons para geral.






Nisso o Fabio precisava usar o banheiro. Pensamos em parar em algum café pra ele tomar café e ir ao banheiro, mas não encontramos e não ia dar tempo. Então ele foi usar o banheiro do restaurante que almoçamos, o Viejo Túnel. Nessa hora a mulher disse que o banheiro era só para clientes, e ele explicou que almoçamos lá e que estávamos indo embora. Aí a mulher disse que estavam fechando e não dava. Pensa numa pessoa mais puta ainda. Agora triplica e tem o Fabio. Ele não estava acreditando...e nem eu. Ficou puto xingando todo mundo em espanhol, português e derivados. Chutou a parede e tudo mais. Felizmente já estava na hora de ir embora. Aí ele foi no banheiro no porto senão me engano. E aí começa a ladaínha da volta. Alfândega e tudo de novo. Dessa vez fui mais esperta. Vi que tinha uma placa no térreo de classe turística. Era lá que tínhamos direito de ficar e nem sabia. Uma sala bem mais confortável, com menos pessoas e bem silenciosa. Voltamos mais tranquilos.








Chegamos no hostel e eu queria sair a noite. Tomamos banho e pegamos um Uber até El Club de La Milanesa. Tinha pesquisado que era um lugar bem bacana com preço bom. Várias opções de milanesa e porções. E eles ficavam abertos até tarde, porque já era quase 23h. Chegamos lá e adoramos. Tinha fila de espera mas era rápida. O atendimento é bacana, comida legal e preço acessível. E depois você se cadastra lá e recebe vários descontos para próximas visitas. El Club de La Milanesa tem em vários locais da cidade. Recomendo.






E assim acabou nosso dia agitado. A milanesa salvou o dia. No caminho:


Vídeo do dia: