quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Holanda 2016 Fail


       Não cheguei a contar aqui mas em Julho estava programando minha próxima viagem. Como não tenho férias fora de época, pego 20 dias nos fim do ano e 10 no Carnaval, estava pensando onde eu poderia ir no Carnaval, que não gastasse com hospedagem e não tivesse muvuca de Carnaval. Tenho uma amiga que mora na Holanda e uma amiga que mora na China. Uma semana pra China é muito pouco, então decidi ir pra Holanda. Ela mora em Rotterdam. Comprei a passagem (parcelado lógico).
     Massss como as coisas não são tão simples pra mim, no decorrer do tempo foram acontecendo alguns imprevistos. A Bia, minha amiga que mora na Holanda, é Au Pair, e o visto dela venceu. Tentou renovar e não deu certo, ela terá que sair da Holanda antes de Fevereiro, e só poderá voltar como turista após Março. Então, eu já perdi a estadia. Se fosse só esse o problema, Ok, cotaria hostels ou couchsurfing e pronto. Masssss o maior problema é crise política e econômica que estamos vivendo no Brasil. 
     Minha loja não está vendendo a meses, estou muito na pindaíba e as moedas estão oscilando demais. Eu só tinha comprado 100 Euros, e hoje o Euro está R$4,42, semana passada o dólar chegou a R$4,24. Tenho que enfrentar a realidade, que além de ter que enfrentar o frio de rachar (que eu detesto) em Fevereiro lá, vou correr o risco de passar fome, porque estou sem dinheiro algum. Fiz várias contas. E infelizmente sai mais barato cancelar a viagem, pois não tem previsão de melhora no quadro econômico até lá e não posso esperar.
    Mas não vou desistir de viajar no Carnaval, vou pesquisar algum lugar mais barato na América Latina e ver se o dólar abaixa um pouquinho.
Minha ideia agora é viajar pra relaxar e desestressar em algum resort all inclusive (pra garantir as refeições). E vamos tentando...

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Dia 27 - New York - Via sacra do retorno

Cheguei em N.Y. umas 6h e meu vôo pro México era só às 17h. Já fui pra entrada do meu terminal e fiquei lá, porque aquele aeroporto é muito grande e confuso. Achei melhor já ficar por lá e dormir um pouco. O Hermes e a Bruna iriam chegar umas 13h. A ideia era comermos juntos e fazer o check-in. 
Juntei minhas malas e fiquei em frente a Aeromexico, só poderia despachar as malas às 12h. Dei umas cochiladas agarrada nas malas. Comprei umas coisas pra comer. E então, do nada, vem um senhor puxar papo comigo. Que ele era cubano mas morava lá em NY, de onde eu era, que ele adorava o Brasil, que agora eu era parte da família dele, que era muito bonita, que ele estava indo pra sei lá onde, tipo: VOCÊ É LOUCO?! SAI DAQUI! Então ele pediu pra eu anotar o email dele e mandar um email pra ele, fingi que anotei e ele foi embora. Depois de 1h mais ou menos ele volta, e fala: não recebi seu email, você anotou certo? Aí eu disse que a internet tava ruim e ele pediu pra anotar pra mim, pra gente não perder o contato. Enfim, mandei um email pra ele, chatongo. Aí ele se despediu de novo e saí correndo de lá. Fui cochilar perto da Alitalia. Eu hein?!
Aí o Hermes e a Bruna estavam bem atrasadinhos, e eu com muita fome. Despachei as malas e fui comer. Quando eu acabei de comer era quase 14h, hora de entrar no terminal, o Hermes e a Bruna chegaram. Então fomos direto pro terminal, fila pra passar as malas e etc. Naquele dia mesmo, o cubano me mandou um email falando várias coisas, ai gente louca!




Quando chegamos no México, tem que tirar as malas de uma esteira e colocar em outra quando passa pela alfândega de novo. A mala da Bruna foi aberta no México e na hora de passar ela esqueceu de trocar de esteira e saiu com as malas, o Hermes também. Aí não podia voltar, teria que despachar de novo em outro andar, e a conexão era bem em cima. Tinha uma fila gigante pra despachar as malas, então tentamos falar com os funcionários e nada. Até que eu fui lá também me meter a falar portunhol e o Hermes conseguiu passar na frente. Na hora de embarcar, a mulher cismou com a minha bagagem de mão (mais uma vez), mandou eu colocar no medidor. Não cabia nem a pau. Comecei a tirar as coisas da mochila e colocar em uma sacola que "caberia" em baixo do banco. Fiz isso até caber e entrei. Fui uma das últimas a entrar no avião e não tinha mais espaço nos bagageiros, enfiei num canto lá bem longe do meu assento, mexi na mala de todo mundo. Um bagunça. 

Chegando em São Paulo...

Quando chegamos em São Paulo eu fiquei tentando ressuscitar meu celular, que ainda estava sem sinal, e eu tinha que ligar pro meu pai me buscar. Eu tava sem internet desde o vôo de Nova York. Então o Hermes me emprestou o celular dele e liguei pro meu pai. Ele disse que era para eu pegar um táxi e ir pra casa, que não dava pra ele me buscar, e minha mãe pagaria o táxi. Porque minha mãe estava indo me buscar em casa. Eu falei Ok e desliguei. Ele estava estranho. Aí me veio a pergunta: "Por que minha mãe estaria indo me buscar em casa? Pra quê?" Já pensei na minha vó, mãe do meu pai. Que estaria no hospital ou algo assim. Logo que cheguei em casa, minha mãe veio correndo pagar o táxi e não deixou nem eu subir as malas e me enfiou no carro. Eu falei: "O que aconteceu? Onde estamos indo?" Ela disse que minha vó tinha falecido, estavam todos no crematório e meu pai estava segurando a cerimônia pra me esperar. Pra pelo menos eu me despedir dela. 
Comecei a chorar, já estava meio deprê esses dias, aí chego e mais essa. Agradeci meu pai por me esperar e fiquei ali meio sem reação, só chorava e tentava entender tudo aquilo que estava passando. 
Hoje estou bem melhor, mas essa viagem foi um desafio e um sonho que eu não poderia nada deixar estragar. Tirei forças de onde nem sabia que tinha. Fiquei a sós comigo mesma, me redescobri, me fortaleci. Posso dizer que depois dessa viagem muita coisa na minha vida mudou, e minha visão sobre as coisas também.


Minha Vó Neda na minha colação de grau em 2008

Dia 26 - Hollywood - Último dia

Na segunda acordei mal, bem zuada de deprê. Fui até uma farmácia e perguntei onde teria uma clínica particular para eu conseguir a receita. E me deram o cartão da Hollywood Walk-in Clinic. Era bem perto. Eu tinha seguro saúde, mas esqueci de acionar, tava meio perturbada. A consulta lá foi $70 e o atendimento de primeira. A espera não foi grande, o local é bem confortável. Mas eu estava total fora de mim, tipo as lágrimas vinham sem controle, eu não conseguia parar. Tudo me desanimava, eu só queria ir embora pra casa. Quando fui chamada, a médica perguntou o que eu tinha, e eu expliquei que estava em tratamento contra depressão e que meu remédio tinha acabado, eu já estava a 3 dias sem ele, e precisava de uma receita. Mostrei a declaração do meu médico e ela perguntou se tinha acontecido algo pra eu ter essa recaída, e eu expliquei que já estava viajando a um tempo e fiquei com saudade de casa, dos meus gatos, amigos, só queria ir embora. Então ela me deu a receita e fui na farmácia. Em uma CVS o remédio estava $100 mas não tinham em estoque. Então sentei num banquinho e graças a internet maravilhosa que tem lá, fiz uma busca no maps de farmácias populares. Achei uma nas redondezas chamada Vine Discount Pharmacy. É uma farmácia de manipulação, entrei e perguntei se tinham o medicamento e disseram que sim e ia ficar $20. PUTA desconto! Mandei fazer, em 15 minutos ficou pronto. Assinei alguns termos e já tomei o remédio. Recomendo. Depois eu queria voltar no LACMA antes de ir embora pois no outro dia estava fechado.
Minhas malas já estavam arrumadas, eu já tinha feito o chek-out do hostel e tinha deixado lá as coisas até a hora do motorista do Hostel Hopper me levar pro aeroporto.
Almocei no Mc Donald´s perto da farmácia e fui pro LACMA. Chegando lá tudo era muito grande e tinha que pagar. Eu já estava sem grana e cansada, com medo de demorar muito e chegar atrasada no hostel. Então dei uma volta por lá mesmo e fui embora.









Essa água vitaminada é a melhor coisa que experimentei lá.

O motorista do Hostel Hopper chegou. Olhou pro tanto de mala e se espantou...rs 
Dessa vez eu não estava sozinha, tinha mais 2 passageiros no banco de trás, fui na frente. Um velho barbudo, de mais ou menos uns 70 anos e um menino magrelo de uns 20. O véio não parava de falar, com sotaque do Texas, sei lá. Meio que tava rolando um monólogo. O motorista ficava tentando mudar as músicas no pendrive dele pra curtir. Era gatinho, jovem, tinha um skatinho de slalom debaixo do banco. Só observei. Aí ele colocou RHCP! Aí tive que falar: Essa é minha banda favorita! Aí ele começou a conversar, ele falou que morava em Santa Monica, então eu disse que fiquei 2 semanas lá, que tinha gostado muito de Venice e que tinha ido pra Malibu, Topanga Beach. Aí ele: Quando você foi? Eu tô sempre lá, surfo lá. Aí falei e comentei que conheci um véio doido lá, e ele: "Você conheceu o Tommy (ou Taylor sei lá)? Não acredito! Ele é um figura, que legal!" Aí ele foi deixando o pessoal nos terminais e o meu era o último, ele disse: "Que pena que você já vai, quando vai voltar?!" aí eu: "Vai demorar viu, é mais fácil você ir pra lá!" rs
Trocamos facebook e pronto. Tipo, eu fico 1 mês nesse país e só rola uma paquera que valha a pena no último dia indo pro aeroporto?! Valeuuu Deusss! 
Chegando lá pra fazer o check-in na Delta, fui informada que teria uma taxa de milhagem pra pagar e que não poderia ser paga no balcão porque foram milhas transferidas. Era só que me faltava. Nesse trecho de L.A. para N.Y. eu tinha comprado as milhas da minha amiga Thaís, e acho que na hora que ela transferiu pra mim não pagou a taxa que era algo em torno de $5.  Aí lá vou eu ligar pra Thaís no Brasil, falar pelo whatsapp pra ela pagar pela internet senão eu não ia conseguir embarcar. No Brasil já era mais de 0h e não conseguiam fazer a transação, aí eu ligo pra central americana, explico a situação porque no balcão não estavam resolvendo. Aí tava uma enrolação, tava conversando com o segurança e falei pra ele: "Olha, você não conhece outra gerente aqui? Por que senão resolverem em 5 minutos eu juro que vou fazer barraco aqui."
Então ele disse que a outra gerente já estava chegando, e me apresentou a ela, aí dei um mini pití e ela conseguiu falar com a central e liberar pra eu pagar tudo lá. Além disso tive que pagar bagagem de vôo interno. Só grana!
Fiquei esperando o vôo e tinha cachorrinhos no terminal, que fofos. 




Dia 25 - Hollywood - Griffith Observatory

No sábado a noite fiquei meio deprê, o remédio principal que estava tomando tinha acabado a uns 2 dias, e misturou com várias situações, saudade de casa, não aguentava mais ficar em hostel com gente entrando e saindo, entrei no Tinder pra xeretar e vi coisa que não devia, enfim, fiquei um pouco irritada e abalada. 
Então no domingo falei com a minha família, e disseram pra eu dar um jeito de passar em algum médico por lá e conseguir a receita do remédio. Eu só tinha a declaração de viagem do meu médico pra carregar os remédios, e nas farmácias não aceitavam isso. Mas como era domingo e eu ainda tinha que ir no Griffith, decidi ir na segunda-feira. Mas meus pais disseram pra eu não ficar sem o remédio pois estava em tratamento e não podia parar.
Respirei fundo e fui passear. Meu vôo para NY era na segunda e de NY na terça.
Fui visitar o Griffith Observatory, que fica no ponto mais alto de Los Angeles, a vista é linda e o parque é gigantesco. Peguei 2 ônibus. O último deixa você bem na porta do observatório. Vários filmes, séries, fizeram filmagens lá. 
Estava cheio por ser domingo, mas mesmo assim deu pra aproveitar e até assistir uma apresentação no planetário. A entrada é gratuita mas as apresentações são pagas. É bem educativo, tem monitores em todo o lugar prontos para explicar e tirar dúvidas, você pode fotografar, estudar, fazer picnic na frente, ficar olhando a paisagem, etc. Lugar muito bacana.





























Depois a noite fui no ArcLight de novo ver o filme que eu queria ver, Woman in Gold. Gostei muito e foi bom pra distrair também.


Sinopse: Década de 1980. Maria Altmann (Helen Mirren) é uma judia sobrevivente da Segunda Guerra Mundial que decide processar o governo austríaco para recuperar o quadro "Woman in Gold", de Gustav Klimt - retrato de sua tia que foi roubado pelos nazistas durante a ocupação. Ela conta com a ajuda de um jovem advogado, inexperiente e idealista (Ryan Reynolds).

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Dia 24 - Hollywood - Fashion District

No sábado tirei o dia pra ir ao Fashion District, queria ver se achava alguns tecidos legais, conhecer o "Brás" de Los Angeles. Andei muitooo! Como fui de sábado nem tudo estava aberto, mas tinha muita coisa aberta. Lojas de tecidos, aviamentos, um mini shopping de tecidos, lojinhas de xing ling, lojinhas de novos estilistas, brechós...etc.
Desci no metrô Pershing Square e saí andando. O bairro é grande, tem muita coisa. Até chegar no burburinho na 8th e 9th Street, você também passa pelo Jewelry District, bairro das joias. Na minha opinião, não achei nada demais. Fui em várias lojas de tecidos e o que mais tinha era poliéster. Cetim adoidado, coisa meio furreca. Não achei um algodão estampado decente. Fora que não era tão barato assim. Ainda mais com o dólar alto desse ano. E eu reclamando em Abril, hoje está bem pior. Não comprei nada pra minha marca. As única coisas que comprei foram uma bolsa, camisa de flamingos (outra), um top e umas lingeries numa loja de Árabe.


 




A bolsa, a camisa e o top comprei numa loja que a-do-rei! Chama Virgo Downtown. Essa loja é bem moderna e mistura peças vintage, novas, customizadas e acessórios. Tem muita coisa legal e os preços variam bastante mas não tem coisas caríssimas.



Virgo - 216 E 9th St

Um pouco sobre a história da loja:



Instagram: https://instagram.com/virgodowntown/

Depois eu ia no Grauman's Egyptian Theatre porque estava tendo um festival de cinema Noir, e ia passar Gilda. Então voltei pra Hollywood, almocei no Mc Donalds e fui pro cinema. $7 o ingresso inteiro.
Nessa sessão iriam discutir o figurino do cinema Noir ao compor os personagens. Então antes do filme, uma figurinista especializada faz uma apresentação sobre o conceito desse estilo, abre a perguntas e depois do debate inicia o filme. Foi MUITO legal, as pessoas são super simpáticas, interagem, tinha muita gente que foi no visual anos 30 e 40. Na saída tinha uma modelo vestida igual à Gilda tirando fotos com as pessoas. Fora que a sala do cinema é linda! Minhas fotos dentro do cinema ficaram toscas mas peguei algumas da internet para verem.