quarta-feira, 10 de junho de 2015

Dia 13 - Santa Monica - Topanga Beach (Malibu)

Na terça decidi descansar em Malibu, já que tinha visto que era fácil chegar. Escolhi a Topanga State Beach. Cheguei da escola, coloquei o biquíni, um vestido longo e fui toda otimista pra praia. No ônibus tinha umas 3 garotas que pareciam que nunca tinham pego ônibus, cheias de malas, não conseguiam se equilibrar, não sabiam onde colocar as malas, o motorista tava nervoso com elas. Porque estavam bloqueando a passagem, estavam separando o dinheiro, nossa uma bagunça, e o motorista explicava o que tinha que fazer e elas perdidas, mas não eram gringas. Aí um senhor que tava na minha frente ajudou elas. E logo em seguida quando voltou pro lugar me olhou e começou a puxar papo: "Nice sleeves!", elogiando minhas tatuagens do braço. Eu só agradeci. Então ele, cara de surfista véio, virou pra trás e começou a conversar. Falando que tinha gostado do meu estilo e de onde eu era. Aí falei do Brasil, pra quê né? "Brasil, lindas mulheres". Então ele perguntou pra onde eu tava indo e eu falei Topanga Beach. Aí ele: "Sério?! Eu também. Eu tenho um trailer lá, minha casa foi incendiada nos anos 80. E eu comprei o trailer. Eu já fui figurante no seriado S.O.S Malibu, conheci a Pamela Anderson, ela mora aqui perto. Eu surfei muito. Conheci alguns dos Z-Boys. Faço colares com conchas e blablabla."
Claro que não tudo de uma vez, ele foi falando e eu perguntando. E ao mesmo tempo que ele ia me contando as histórias ele tirava do bolso um celular velho e mostrava as fotos antigas que ele comentava. Aí chegou no nosso ponto, descemos e ele foi me mostrar o melhor lugar pra descansar na praia, porque tava ventando pra porra (pra variar). Ele me mostrou um lugar que não batia tanto vento e tal. Aí ele percebeu que tinha esquecido a mochila dele no ônibus. "Meu Deus! Minha mochila! Meus remédios! Preciso alcançar aquele ônibus!" Então ele pegou o trailer dele e tentou alcançar o ônibus. O nome dele era Tommy ou Taylor, sei lá. Se as histórias eram reais ou não, não sei, mas o lugar que menos ventava nessa praia era o local que ele me indicou.






Fiquei lá e dormi. Queria muito relaxar na praia, super vazia, silenciosa. Perfeita. A não ser o vento. Depois de umas 3 horas, comecei a ouvir uma movimentação na praia, abri os olhos, e eu tava rodeada de kitesurfers. Não tava entendendo nada, um monte de cara com uns trecos gigantes, cheios de linhas e uma prancha. Mas eram até que silenciosos. Fiquei olhando um pouco. Eu queria ir embora já, mas não dava pra passar no meio deles. Fiquei esperando um pouco. Aí quem aparece??? O doido! "Você ainda está aí?!" Falei que já estava indo embora, e ele disse que conseguiu recuperar a mochila mas teve que ligar na cia. de ônibus porque não achava o motorista do ônibus que estávamos. Aí ele esperou no ponto até ele voltar. Só comentei com ele: "Se fosse no Brasil você jamais veria sua mochila novamente".













Aí fui embora e peguei um puta trânsito na PCH. Nossa, parecia marginal Tietê. Demorei pra chegar. Cheguei no hostel e encontrei o canadense, falei que eu ia no Bubba Gump a noite, ele disse que também queria ir. Fui pro quarto e a espanhola tava lá sozinha. Ela sempre ficava olhando pro nada e quieta. Aí chamei ela pra ir no Bubba Gump também e ela topou. Ela chama Maria. E estava estudando pra prestar um concurso público em Madri, mas tinha que fazer uma tese, algo assim.






O Bubba Gump é um restaurante temático do filme Forrest Gump, especializado em camarão. Tem tudo de camarão. Eu e o canadense rachamos 2 pratos porque tínhamos o mesmo gosto. Pedimos um lanche que vinha tipo numa baguete com camarões empanados dentro e salada, e uma porção igual essa da foto acima. Tinha coco, não curti. Mas o lanche tava muito bom, e tomei um smoothie de frutas vermelhas, muito bom também. A espanhola quis tomar uma sopa. E água, porque é grátis.
E depois fiz a foto clássica na frente do restaurante no banco do Forrest. A comida é bem gostosa. Vale a pena ir.

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